O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou hoje (30) uma lista com os 26 criminosos mais procurados no país. A lista, que será permanente, envolve pessoas acusadas de crimes graves e violentos, que estão com mandados de prisão em aberto e são ligados a organizações criminosas. A lista está disponível no site do ministério e será atualizada mensalmente.
"São indivíduos extremamente perigosos, com mandados de prisão, seja decorrente de condenação, seja decorrente de prisões cautelares.Alguns deles, não se exclui a possibilidade, estão foragidos no exterior, e a divulgação dessa lista tem a virtude de facilitar que esses indivíduos sejam encontrados e os mandados de prisão sejam cumpridos" , disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na divulgação da lista.
Segundo o ministério, a lista de procurados foi feita com base em informações obtidas com as áreas de segurança estaduais e a partir de 11 critérios objetivos, como posição de liderança em organização criminosa, capacidade financeira para investir em atividades criminosas, atuação interestadual e internacional, entre outras.
Segundo Moro, a lista é importante para facilitar as prisões dos criminosos para que possam cumprir as penas e enfraquecer a atuação dos crimisosos.
Queda da criminalidade
De acordo com os números mais recentes do ministério, o país registrou queda de 21,4% nos homicídios nos primeiros nove meses de 2019, em comparação com o igual período de 2018. No mesmo período, também houve queda em outros índices de criminalidade, como ocorrências envolvendo estupro (6,4%), roubo a banco (38,4%), latrocínio (22,2%), roubo de cargas (23,3%) e roubo de veículos (26,4%).
As informações sobre os índices de criminalidade estão disponíveis na plataforma eletrônica Sinesp, no site do Ministério da Justiça. A partir de hoje, as ocorrências de homicídios registradas em todos os municípios do país serão inseridas no sistema e poderão ser consultadas. Até o momento, os dados referem-se ao período entre janeiro de 2018 e setembro de 2019.
Dentre os quais os ex-guardas civis municipais de Campo Grande José Moreira Freires, o Zezinho, e Juanil Miranda Lima.
A dupla é investigada no âmbito da Operação Omertà, por suspeita de ligação com milícia supostamente criada pelo empresário Jamil Name e pelo filho Jamil Name Filho.
Zezinho e Juanil foram condenados pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo, morto em frente à escola da filha em junho de 2013, na Capital. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até à escola na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução.
O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas. Ambos também são investigados pela morte de Orlando da Silva Fernandes, o Bomba, ex-chefe de segurança de Jorge Rafaat Toumani.
Além deles, consta na lista Fábio Costa, o Pingo ou Japonês, ex-policial militar do Mato Grosso do Sul, suspeito de corromper agentes públicos. Foi preso em 2011 pela Polícia Federal na Operação Marco 334, deflagrada para desarticular uma quadrilha de contrabandistas de cigarro.
É suspeito de ter participado de um ataque à casa de um inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2017, após a apreensão de uma carga de cigarros contrabandeados avaliada em R$ 14 milhões.