Leonildo Sachi, mais conhecido como Leo Canhoto, morreu na madrugada do último sábado (25) aos 84 anos, em São Paulo.

O músico estava internado há três semanas após sofrer três paradas cardíacas. No hospital, ele desenvolveu pneumonia e não resistiu à doença.

Nascido em Anhumas, interior de São Paulo, ele começou na música atuando como empresário e compositor, mas se tornou famoso por montar dupla com Robertinho e ajudar a introduzir a guitarra elétrica na música sertaneja durante a década de 1970.

Além dos instrumentos de rock, a dupla ficou conhecida pelo visual que misturava cabelos compridos e roupas extravagantes, medalhões e joias, inspirados na jovem guarda, Elvis e Beatles.

Durante os anos de atuação, a dupla teve sucessos como Apartamento 37 e O Último Julgamento. Além disso, eles apareceram no cinema, com o filme Chumbo Quente (1978), escrito pelo próprio Leo Canhoto.

Em 1983, a dupla se separou, mas voltou a se reunir, sendo a última vez em um econtro realizado em 2018.

Léo Canhoto e Robertinho foram as principais influências de duplas como Milionário e José Rico, João Mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó e chegaram a inspirar DJs de funk nos anos 90, que extraíam diálogos das músicas da dupla para utilizar nas produções.

Nos últimos anos, Leo Canhoto formava uma dupla ao lado de Dino Santos, que confirmou a morte do parceiro musical. "Ele foi um revolucionário. Deixou um trabalho fenomenal. E vamos continuar levantando essa bandeira", escreveu nas redes sociais.