A 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí deflagrou na manhã desta segunda-feira (13), a Operação Asepsis, para desmontar um esquema criminoso para inserção de celulares e drogas na Penitenciária de Segurança Máxima do Município. A ação contou com o apoio das delegacias de Naviraí, Ivinhema e Gloria de Dourados.
Conforme apurou o Site, a Operação Asepsis teve como alvo principal um agente penitenciário, que segundo a Polícia Civil comandava o esquema, que foi descoberto após a apreensão de celulares na Penitenciária de Naviraí, que estavam em posse de presos. Durante as investigações para apurar o caso, ficou comprovado o envolvimento do servidor.
As investigações da Polícia Civil mostraram que o agente penitenciário era o responsável por repassar aos presos não apenas celulares, mas também fones de ouvido e drogas em troca de dinheiro. “As provas até o momento colhidas pelos investigadores da Polícia Civil indicam que o agente penitenciário teria agido de forma ativa e omissiva, ou seja, fazendo “vista grossa” para que os objetos chegassem ao poder dos presos”, afirma o delegado Thiago Lucena e Silva, responsável pelo caso.
Diante das fundadas razões, o delegado representou pela prisão temporária do agente, bem como por mandado de busca e apreensão no armário pessoal do servidor , situado no local de trabalho e na residência do suspeito. Os pedidos foram deferidos pelo Poder Judiciário da Comarca de Naviraí e cumpridos na manhã de hoje durante a Operação Asepsis.
O agente foi preso na Penitenciária de Ivinhema, para onde recentemente foi transferido. Outra equipe da Polícia Civil cumpriu buscas na casa do acusado na cidade de Glória de Dourados. “Na residência foram encontradas 11 munições de origem estrangeira, calibre .38, em desacordo com a legislação, razão pela qual o acusado também foi preso em flagrante pelo crime de posse irregular de munição de uso permitido”, afirma o delegado.
Operação Asepsis
O nome da Operação faz menção ao termo “assepsia”, cujo conceito é impedir entrada de agentes nocivos no organismo.
“A Operação tramita em sigilo. A prisão do agente penitenciário tem prazo de 30 dias, que findo o prazo poderá ser prorrogada, convertida em preventiva ou o servidor poderá ser colocado em liberdade até o término das investigações”, finaliza Thiago.