O crescimento econômico no Nordeste vai assegurar as projeções nacionais para o Produto Interno Bruto (PIB), principal termômetro da atividade econômica, que deve fechar o ano de 2024 em 3,5%, segundo projeções divulgadas nesta sexta-feira (3) na Resenha Regional, um relatório mensal com indicadores das regiões e estados brasileiros feito pelo setor de investimentos do Banco do Brasil.

A análise mostra que o Norte deve fechar o ano com PIB de 4,7% e o Nordeste de 3,8%, compensando índices mais baixos de crescimento econômico no Sul, de 2,8%, e Centro-Oeste, 2,7%.

No Sudeste, os analistas do BB preveem crescimento de 3,7%, índice mais próximo ao nacional.

Entre os Estados, o maior PIB deve ser registrado na Paraíba (6,6%), seguido do Rio Grande do Norte 6,1%), Tocantins (6%), Amapá (5,8%), Espírito Santo (5,3%), Amazonas (5,2%) e Distrito Federal (5,1%).

Entre todas as unidades da federação, apenas Mato Grosso do Sul deve registrar dado negativo, com que da 0,7% na atividade econômica, puxada por um tombo de -13,1% no PIB agropecuário - indústria registrou alta de 3% e serviços de 1,7%.

Mato Grosso deve fechar o ano com leve oscilação, de 0,1%. Ainda devem registrar índices abaixo dos 3,5% do PIB nacional: Rondônia (2%), Rio Grande do Sul (2,5%), Paraná (2,6%), Bahia (2,9%), Alagoas (3,1%) e Minas Gerais (3,4%).

Agro puxa PIB para baixo

Nas projeções feitas pelo BB fica claro que o segmento do agro foi quem puxou a economia para baixo no país.

Caso fosse considerado apenas o PIB agropecuário, a economia brasileira teria um resultado negativo, de -2,5%. O crescimento da indústria (3,3%) e serviços (3,6%) que devem garantir os 3,5% do PIB nacional em 2024.

Além de Mato Grosso do Sul, que registrou a maior queda de -13,1%, o PIB agropecuário do Paraná (-11,3%) e de Santa Catarina (-8,4%) tiveram forte impacto no crescimento econômico.

Já em Roraima, o PIB do agro cresceu 19,2%. Com 10,4%, Rio Grande do Sul também registrou crescimento acima dos dois dígitos no setor agrícola.

Foto Lula com João Azevêdo (PSB), governador da Paraíba, estado que deve registrar maior alta no PIB.

Créditos: Ricardo Stuckert / PR

Credito Revista Fórum