O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reunirá nesta quinta-feira (21) com governadores para debater sobre medidas relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus.

A reunião, organizada pela Secretaria de Governo, irá ocorrer às 10h. A reabertura da economia e ajuda financeira aos Estados e municípios serão os principais temas.

O plano de socorro aos Estados, que estabelece a distribuição de R$ 60 bilhões, foi aprovado no dia 6 de maio em sessão extraordinária no Senado Federal e, desde então, aguarda sanção presidencial.


Bolsonaro tem adiado a ratificação do projeto e afirmou, cinco dias depois da aprovação pelos senadores, que vetaria um dos itens do plano, o reajuste de servidores públicos.

“É urgente a sanção do presidente ao auxílio emergencial aos Estados”, disse Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte.

O governador João Doria disse que a mensagem que São Paulo levará à reunião será “de paz, harmonia e entendimento”. “Temos que estar juntos para salvar vidas. Não é hora de politizar, brigar, estabelecer disputar. Temos que estar juntos”, defendeu.

O atraso em sancionar o plano de socorro também foi criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (19). O deputado disse esperar que a sanção ocorra ainda nesta semana, caso contrário, há risco de, em caso de demora, de gerar a necessidade de um novo projeto.

“O presidente deve ter seus motivos para estar adiando. Agora, quanto mais você adiar o apoio a estados e municípios, como a arrecadação vem caindo, alguns vão ficar em uma situação muito ruim, e isso pode gerar uma necessidade de uma segunda medida de apoio, não seria o ideal”, disse Maia.

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade que representa mais de 5.000 prefeitos do Brasil, encaminhou na última segunda-feira (18) ao presidente um pedido para que ele vete o reajuste salarial aos servidores públicos, previsto no plano de socorro.

A entidade avalia como inoportuno “qualquer aumento de salários e concessão de bônus ou gratificações a agentes públicos” em um momento em que considera as perdas de receita “imensuráveis” e avalia, ainda, que as perdas de renda das famílias brasileiras e das empresas ainda são “imprevisíveis”.