O prefeito de Guaramirim, Luis Antonio Chiodini (PP), foi detido na noite de terça-feira (2), após voltar da Inglaterra. Alvo de um mandado de prisão preventiva na 4ª fase da operação Mensageiro, o político não havia sido encontrado pelas equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na última quarta-feira (26).

Chiodini estava na Europa desde o dia 19 de abril em viagem familiar para acompanhar a formatura do filho em uma universidade. Com a detenção do político do Norte do Estado, operação já prendeu prefeitos 16 prefeitos.

A investigação está relacionada a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.

O advogado de Chiodini, Luis Irapuan Campelo Bessa Neto, afirmou que não vai se manifestar sobre o caso.

Procurada pelo g1 SC, o município de Guaramirim informou que o vice-prefeito Osvaldo Devigili, que já estava em exercício, assume a prefeitura nesta quarta-feira (3), por tempo indeterminado.

Quem são os prefeitos presos?

Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;

Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;

Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.

Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;

Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;

Marlon Neuber (PL), de Itapoá;

Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;

Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;

Armindo Sesar Tassi, de Massaranduba;

Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;

Adilson Lisczkovski, de Major Vieira;

Patrick Corrêa, de Imaruí;

Luiz Divonsir Shimoguiri, de Três Barras;

Alfredo Cezar Dreher, de Bela Vista do Toldo;

Felipe Voigt, Schroeder;

Luis Antonio Chiodini (PP) prefeito de Guaramirim.

No total, na 4ª fase as autoridades cumpriram 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão. Uma das detenções aconteceu em Brasília.

Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro, deflagrada na primeira fase no fim de 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), colocou sob a mira um suposto esquema de corrupção na licitação de lixo em várias cidades do estado.

Na primeira, quatro prefeitos foram presos, um deles durante uma viagem oficial em Brasília. Na segunda, em 2 de fevereiro, dois prefeitos também foram detidos. Na terceira fase, o prefeito de Tubarão foi detido junto com o vice.