O presidente Jair Bolsonaro destacou emissários para avaliarem o cenário político com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara, Rodrigo Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A avaliação dos chefes de poderes passada ao Palácio do Planalto é a de que não há interesse do Legislativo e do Judiciário em desestabilizar Bolsonaro neste momento.
Foi relatado também que os dois poderes têm muito mais diferenças do que convergências com o agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Para o governo, à exceção de falas pontuais de parte das lideranças na Câmara – fontes mencionam as de Efraim Morais (DEM), Carlos Sampaio (PSDB) e Leo Morais (Podemos) – a avaliação geral é a de que o Congresso não deverá avançar com processos de impeachment contra Bolsonaro. Isso, claro, se não sobrevierem novos episódios.
Interlocutores do presidente têm receio de que Moro tenha muitos áudios contra Bolsonaro, tendo em vista que é uma das formas de o presidente se comunicar com os ministros. Por outro lado, alguns elementos estão sendo já levantados contra Moro. Por exemplo, uma fala dele no programa Roda Viva assumindo não haver interferência política na Justiça.