A Justiça concedeu a prisão preventiva do comerciante Raimundo Nonato Martins, de 55 anos, suspeito de participar do triplo homicídio em São Carlos, no domingo (28).
Martins se apresentou à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), na segunda-feira (29), onde confessou o crime e entregou a arma com a qual matou as vítimas com tiros nas cabeças.
O delegado João Fernando Baptista, responsável pelo caso, havia feito o pedido de prisão preventiva por considerar o comerciante uma ameaça à ordem pública. Ele deve continuar preso durante as investigações. Nonato deve responder por três crimes de homicídio, duplamente qualificados.
"Cada um com duas qualificações, o motivo é que é (o crime) completamente desproporcional e pelo fato dele não dar oportunidade de defesa às vítimas", disse o delegado.
Veja o que se sabe sobre o caso:
Quem são as vítimas?
Zelma Maria de Oliveira, de 73 anos – empresária, dona de imóveis de aluguel
João Batista de Oliveira, de 77 anos – ex-marido de Zelma
Reginaldo Aparecido Pereira de Lima, de 44 anos – motorista particular de Zelma
Onde ocorreu o crime?
As mortes ocorreram em dois locais diferentes. Zelma e Reginaldo foram mortos na casa da empresária, na rua Episcopal, no centro de São Carlos. João Batista foi assassinado em outro imóvel próximo, onde estava morando após a separação de Zelma.
Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), João Fernando Baptista, os assassinatos foram motivados por vingança. Martins era ex-inquilino da empresária.
O comerciante culpava Zelma por tê-lo despejado após passar vários meses sem pagar aluguel de um imóvel comercial que alugava e onde funcionava o seu restaurante. A empresária também cobrou a dívida na Justiça.
"Ele [Raimundo Nonato Martins] culpava ela [Zelma Maria de Oliveira] pela ruína dele", afirmou o delegado.
João Batista foi morto porque, segundo Martins, teria incentivado Zelma a acionar a justiça contra ele. Já Reginaldo foi assassinado porque estava junto a Zelma no momento em que ela foi morta e presenciou o crime.