A Polícia Civil, através da Decon (Delegacia do Consumidor), lacrou nesta sexta-feira (19) na Capital mais uma das empresas investigadas por aplicar golpes onde a vítima é induzida a adquirir um consórcio como se fosse financiamento. Em outros casos, o cliente efetua vários pagamentos aos estelionatários, que após pegar o dinheiro, muda de endereço e de nome da empresa.
Segundo a polícia, Campo Grande já conta mais de 200 vítimas do golpe.
Em maio, por exemplo, proprietários e vendedores de duas empresas na Rua Abrão Julio Rahe foram intimados para apuração do crime de estelionato. Segundo relato de vítimas, elas eram atraídas por anúncios nas redes sociais onde era oferecido veículos e imóveis, pagavam um valor de entrada e assinavam o contrato, porém o contrato assinado era de consórcio. Em seguida, vendedores ficam enrolando a vítima dizendo que estava em contato com a matriz para agilizar o valor, este que nunca era liberado.
Quando o cliente solicitava cancelamento, recebia a informação de que de que teria que solicitar por escrito e que apenas seria devolvido metade do que foi pago, assim mesmo somente após alguns meses.
O consórcio oferecido por ambas empresas não era autorizado pelo Banco Central do Brasil. Ficou constatado ainda que os vendedores usavam nomes falsos ao conversas com as vítimas.
Ainda de acordo com a polícia, cada pessoa da empresa tem uma função, uma faz o anuncio, outra fecha a venda, outro realiza assinatura do contrato, outro o contrato com a matriz. Tudo isso para dificultar que a vitima consiga localizar um responsável, qual sempre era jogada a responsabilidade de um para outro, até que desista do valor.
As empresas foram interditadas pelo Procon/MS. O Creci/MS autuou um vendedor por exercício irregular da profissão.
Outra empresa, de serviços financeiros, no Centro da Capital, também foi fiscalizada com denuncias do mesmo teor, a qual oferecia via redes sociais crédito imediato ou cota contemplada ou ainda autofinanciamento. A polícia ainda conseguiu impedir que um casal fosse vítima do crime em andamento. Ele estava prestes a entregar R$ 9,5 mil para os golpistas na condição para a contemplação da cota de R$ 200 mil, prometida para no máximo 30 dias.
O contrato ainda estava em nome de uma empresa não autorizada pelo Banco central do Brasil a comercializar consórcios o que caracterizou estelionato. Os dois vendedores foram autuados em flagrante por tentativa de estelionato. Eles foram liberados após pagar R$ 9,6 mil em fiança.
No mês de março, uma ação conjunta entre a Polícia Civil, Procon, Ministério do Trabalho e Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), resultou no fechamento de duas empresas de financiamento de imóveis e veículos localizada em um prédio, na Avenida Afonso Pena, entre a Rua 14 de Julho e Avenida Calógeras. Investigação apurou que as empresas ofereciam, pela internet, contrato de financiamento direto, de imóveis e veículos, inclusive para pessoas negativadas, sem burocracia, porém, o que as vítimas estavam assinando era um consórcio, que dependia do lance ou sorteio para que sejam contempladas.
Algumas empresas não eram autorizadas pelo Banco Central para realizar este tipo de serviço e estavam aplicando golpe, sendo que seus proprietários poderão responder por estelionato e propaganda enganosa.
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