Mesmo após a repercussão negativa do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão ontem, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta - que é de Mato Grosso do Sul - afirmou a interlocutores que deixará o cargo se for demitido. A reportagem apurou que o discurso polêmico de Bolsonaro foi elaborado com a ajuda do filho número dois, o vereador Carlos Bolsonaro.
A intenção dele e dos outros irmãos - um senador e um deputado federal - é forçar que Mandetta peça demissão. Mas de acordo com o Blog do Vicente (jornalista Vicente Nunes do Correio Braziliense) o ministro afirma que continuará no cargo.
Mandetta não esconde, porém, seu descontentamento com toda a polêmica criada pelo presidente, pois dificulta o trabalho do ministério no momento mais crucial para o combate ao novo coronavírus. A partir de agora, os casos de contaminação vão aumentar muito.
A ala mais radical do Palácio do Planalto, liderada pelo filho 02 do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, está disseminando entre apoiadores que o sucessor de Mandetta já está escolhido: será Antonio Barra Torres, atual presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Torres faz parte da ala negacionista do governo. Ele é médico e contra-almirante da Marinha. Assim como Bolsonaro, é contra o confinamento de toda a população como forma de reduzir a disseminação da Covid-19. Ele esteve com Bolsonaro na fatídica manifestação de 15 de março, em que o presidente cumprimentou apoiadores, mesmo estando em quarentena por suspeitas de estar com o coronavírus.
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