Preocupadas com a saúde dos colaboradores e adotando as orientações do Ministério da Saúde devido ao quadro de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) decretada pela OMC (Organização Mundial de Saúde), as indústrias de alimentos de Mato Grosso do Sul estão mantendo o ritmo de produção para evitar o desabastecimento. A continuidade da fabricação é para garantir que as pessoas encontrem os produtos nas gôndolas dos supermercados e atacadistas, podendo permanecer seguras em suas casas e, dessa forma, evitar a propagação da doença.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também preside a Siams (Sindicato das Indústrias de Alimentos de Mato Grosso do Sul), as indústrias de alimentação do Estado estão de portas abertas porque as pessoas precisam comer. “As empresas estão implantando os protocolos do Ministério da Saúde para manter a saúde dos colaboradores, pois estamos falando de vidas humanas. Além disso, a área de SST (Saúde e Segurança do Trablaho) do Sesi está orientando toda as indústrias do Estado a respeito dessa pandemia e entendemos que as empresas estão fazendo sua parte, mantendo a produção para abastecer a população”, reforçou.

Ele completa que Mato Grosso do Sul só vai conseguir superar essa crise com muita calma e tranquilidade. “Não é hora de criar pavor na população, pois o Estado e as prefeituras estão tendo responsabilidade em suas ações. Temos mantido um contato muito próximo com o Governo do Estado, acompanhando passo a passo todas as medidas tomadas pelo governador Reinaldo Azambuja no combate a essa crise. É um momento difícil para todos nós brasileiros, mas entendemos que, se todos colaborarem e não tivermos momentos de sensacionalismo barato, nós vamos superar a crise”, afirmou.

ABIA

Sérgio Longen acrescente que a indústria de alimentação do Estado está seguindo as orientações da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), que, em parceria com a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), criou um Comitê de Crise para acompanhar diariamente a situação do abastecimento de alimentos no País.

“O monitoramento vem sendo feito diariamente por videoconferência entre representantes das ABIA e ABRAS para atualização sobre a situação nos pontos de vendas de alimentos (mercados, supermercados e hipermercados), com o objetivo de mapear possíveis problemas e dar maior agilidade no encaminhamento de soluções. Nas reuniões do Comitê identificou-se a necessidade de atenção para que as medidas restritivas necessárias nesse momento de crise não inviabilizem a continuidade da produção de alimentos, o que poderia agravar ainda mais a situação”, alertou o líder empresarial.

O presidente da Fiems completa que é importante pontuar ainda a grande preocupação com a manutenção de restrições, já existentes, à circulação de veículos de carga que transportem alimentos (especialmente em rodovias, portos e aeroportos) e às operações de carga e descarga nos diversos Estados, desafio esse que precisa ser superado para que se mantenha o mínimo de normalidade no abastecimento da população. Ele acrescenta que é preciso observar a necessária exceção nos casos citados para permitir um melhor planejamento logístico das indústrias de alimentos e dos supermercadistas, com as devidas adequações de rotas, de forma a beneficiar a população como um todo. 

Mapa

Na mesma linha do presidente da Fiems, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, informou, em vídeo publicado nesta sexta-feira (20/03), que a pasta está trabalhando junto com empresas da iniciativa privada para tentar contornar os impactos do avanço do novo coronavírus no setor produtivo como um todo. “Estamos desenhando cenários, vendo passos que temos que dar antes que os problemas aconteçam”, disse.

Tereza Cristina reiterou ainda que não há risco de desabastecimento de alimentos, mas que o setor produtivo precisa fazer com que o fluxo da produção agropecuária chegue às indústrias e aos supermercados. “Tenho falado com as centrais de abastecimentos, supermercados. O Brasil é fantástico, não temos risco de desabastecimento”, comentou.

Ela destacou também o trabalho de servidores do Mapa e do agronegócio, que seguem no interior do Brasil desempenhando papel fundamental. “Eles estão atuando nas plantas frigoríficas e fábricas que produzem alimentos para o nosso País. Eu peço que caminhemos juntos para que possamos passar esse momento difícil e lá na frente dizer que valeu a pena”, finalizou.